9 de jun. de 2011

Crescimento com Aliança





No Capítulo 17 do Segundo Livro de Reis, o autor relata a história do reinado de Oséias sobre Israel. Naquela época, os reinos do norte e sul encontravam-se divididos, de sorte que em Judá reinava um rei (Acaz) e em Samaria outro (Oséias).

A Bíblia relata que, em razão da infidelidade de Israel ao Senhor, o reino de Oséias foi entregue nas mãos do rei da Assíria, que subjugou o povo, exigindo-lhe tributos (2 Reis 17:3). Posteriormente, por haver rumores de que o rei de Israel conspirava contra o domínio assírio, o rei da Assíria deportou toda a população de Samaria (2 Reis 17: 4-6), enviando para habitar a cidade o povo babilônico, em uma estratégia de dominação e colonização (2 Reis 17: 24).
A razão para tamanho sofrimento de Israel é atribuída pelo autor do Segundo Livro de Reis à desobediência aos mandamentos do Senhor, à quebra da aliança firmada pelo povo com o Senhor no deserto do Sinai.

Todavia, o foco dessa breve meditação não é o povo de Israel, mas sim o povo babilônico, deportado de sua terra natal para cumprir a missão de colonizar Samaria a serviço do rei da Assíria.
A palavra do Senhor nos revela que, ao chegar em Samaria, o povo babilônico não temeu ao Senhor e, por isso, Deus enviou leões, que mataram alguns dos recém chegados (2 Reis 17: 25). 

Em razão desse primeiro contato mal sucedido, o povo babilônico entendeu que aquela tragédia estava relacionada com o fato de não saberem como adorar o Deus da terra de Samaria. Assim, os babilônicos pediram ao rei que lhes enviasse um sacerdote israelita, afim de que este os ensinasse como temer ao Senhor (2 Reis 17: 28).

O sacerdote cumpriu sua missão, ensinando os caminhos do Senhor. Todavia, os babilônicos permaneceram em seus costumes pagãos. A Bíblia relata que eles temiam ao Senhor, mas constituíam sacerdotes para oficiar em altares dedicados aos deuses de suas terras (2 Reis 17: 33). Dessa maneira, permaneceu o povo de Samaria servindo a Deus e a outros deuses, por várias gerações. Em razão dessa miscigenação e corrupção de costumes, os samaritanos não eram considerados judeus, como se pode perceber nas palavras de nosso Senhor Jesus, narradas no Evangelho segundo João, Capítulo 4, Versículo 22.

A história do povo de Samaria revela a história de muitos evangélicos, que servem a Deus, mas não deixam de cultuar seus velhos hábitos. Achegaram-se a Deus convictos de que para sua sobrevivência na eternidade careciam de salvação, mas não foram capazes de se converter totalmente ao Senhor, permitindo que a cultura enraizada em suas mentes os levasse a relativizar as verdades do evangelho de Cristo e seus ensinamentos.

Começaram bem, reconhecendo que precisavam ser ensinados sobre como adorar ao “Deus da terra”, que na verdade é o criador de todo o universo (Hebreus 11 - 2, 3), mas não foram capazes de amá-Lo, guardando os seus mandamentos (João 14: 21). Por isso já não têm mais identidade, são facilmente misturáveis com o mundo, são sal que não salga e luz que não brilha. Aqueles que se encontram dessa maneira não estão aptos para receber a salvação.

Creio que para desfazer essa confusão de quem e como adorar que Jesus Cristo entendeu que era necessário passar por Samaria (Joao 4: 4). É possível observar em seu diálogo com a mulher samaritana sua preocupação em demonstrar que a verdadeira adoração provém de um coração verdadeiro, que recebeu a virtude do Espírito Santo e permitiu seu agir renovador, que transforma as vidas.

Conhecer a Deus, guardar seus mandamentos, honrar nossa aliança, é o que devemos fazer para concluir nossa carreira Cristã com êxito. Que o Espírito Santo de Deus nos convença da justiça, do pecado e do juízo e que possamos, assim, nos amoldar à vontade de Deus, andando na luz, como E’le na luz está, e que o seu precioso sangue nos purifique de todo o pecado ( 1ª Epístola de João 1: 7).
Que a Paz do Senhor Jesus esteja com Todos. Amém.


Diego Soares,
Tecladista do Rocha Minha.

Um comentário:

  1. Amém! Realmente esse é o único caminho para os que se autodenominam cristãos: conhecer a Deus e fazer a sua vontade.

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